Fait ici
Sobre O artista
Christian Lefèvre nasceu em 1957 em Orléans, França, e frequentou a Escola de Belas Artes de Paris a partir de 1975. Aí integra o atelier de Charpentier mas observa também César e outros escultores livres que marcaram nesses anos a instituição. Interessa-se pelo trabalho de Zadquine, de Brancusi e depois pelos movimentos da “Arte Povera” e do minimalismo. Praticando também o desenho e a fotografia, Christian Lefèvre é acima de tudo um escultor que aprecia o modelar dos materiais mais diversos…
O seu apelido “Lefèvre” derivado da palavra latina ” faber” (artesão) parece confirmar esta
predileção…
No passado expôs em museus (Nemours, Meudon) em centros culturais (Chanot e Chailloux) e em
galerias (Haut Pavé) e participou em diversos eventos. Teve parcerias com arquitetos para criar
obras em espaços públicos.
Sobre a Exposição
Artista ” rebuscador ” , como ele próprio se define, Christian Lefèvre recupera uma grande variedade de materiais de origem industrial (a maioria) ou natural.
Nesta exposição, ele apresenta um conjunto de obras esculpidas à volta do mesmo tema: a paisagem. Que esta apareça através de raízes (” C’est risqué “) ou, como se de plantas de um jardim se tratasse, (” C’est bien parti “), tudo se refere à paisagem, a qual para o artista, é sempre uma construção humana e nunca o que poderíamos chamar “natureza”. Distância sugerida pela ironia dos títulos…
Para o escultor a natureza é o mundo selvagem, o impenetrável, nem bom nem mau ao invés de tudo o que é criado e modelado pelo ser humano.
Estamos perante uma releitura crítica da tradição artística, tanto na prática da estatutária como na prática do género paisagístico na arte. Na pintura, sobretudo depois do século XVIII, a paisagem permite aos artistas uma representação do sublime, da beleza divinizada da natureza. Mais tarde, no século XX, em movimentos artísticos como o da Arte Povera (“arte pobre” em italiano) os artistas afastam-se completamente desta ambição.
O minimalismo, a reutilização de materiais, a marca da pegada humana estão no coração das obras deles. No trabalho de Christian Lefèvre encontramos o eco dessas preocupações.
Quanto aos desenhos, se prolongam a temática da paisagem, eles ocupam no entanto um lugar à parte. Trabalhados em série, de maneira mais obsessiva, aparecem menos sujeitos ao rigor, apresentando mais fantasia e liberdade.