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O céu de dezembro

Em dezembro a Terra cruza a órbita do Asteroide 3200 Faetonte (Phaethon) e são os “detritos” deixados por este asteroide, que poderá ter sido em tempos um cometa, os responsáveis pelo enxame de meteoros que decorre anualmente entre 4 e 20 de dezembro: o enxame das Gemínidas. Os meteoros destas chuvas parecem vir de um radiante na constelação de Gêmeos (daí o nome). Entretanto, eles podem aparecer em qualquer lugar do céu, e geralmente têm cor amarelada. 

Imagem: Meteor falling courtesy NASA

O pico das Gemínidas ocorre na terça-feira dia 14 pelas 07 horas, com o número de meteoros por hora estimado a uma média atribuída de 150 por hora, devido ao fato de ser Quarto Crescente e a melhor altura para as as estrelas cadentes deverá ser por volta das 2h da manhã quando a constelação dos Gémeos está bem acima do horizonte.

Mas a primeira efeméride significativa deste mês irá ocorrer ao raiar da aurora de dia 3, altura em que assistiremos ao nascimento da Lua um pouco abaixo do planeta Marte. Este evento repetir-se-á no último dia deste ano.

A Terra também cruza a órbita do Cometa Tuttle e são os seus restos responsáveis pela chuva de meteoros das Úrsidas, que decorre anualmente entre 17 e 26 de dezembro. As previsões mostram que o dia 22 de dezembro (quarta-feira), é o pico de intensidade máxima desta chuva, que tem início por volta das 10 horas. O número de estrelas cadentes observado não será muito elevado, apenas de 10 meteoros por hora. O nome deste enxame resulta dos traços das suas estrelas cadentes nos parecerem sair dum ponto da constelação da Ursa Menor (o radiante).

Todos os planetas visíveis a olho nu podem ser observados no céu noturno de dezembro de 2021

  • Mercúrio será visível ao anoitecer a partir do dia 16  na constelação de Ofiúco, movendo-se para a constelação de Sagitário. Encontra-se visível na direção Sudoeste.
  • Vénus será visível ao anoitecer na constelação de Sagitário. No dia 4, ocorrerá o máximo brilho de Vénus pelas 7 h. Encontra-se visível na direção  Sudoeste.
  • Marte será visível ao amanhecer  na constelação de Balança, movendo-se para a constelação de Escorpião. Encontra-se visível na direção Sudeste.
  • Júpiter será visível nas primeiras horas após o anoitecer na constelação de Capricórnio, movendo-se para a constelação de Aquário. Encontra-se na direção Sudoeste no inicio da noite.
  • Saturno será visível nas primeiras horas após o anoitecer na constelação de Capricórnio.  Encontra-se na direção Sudoeste.

Relativamente à Lua Cheia, esta dar-se-á no dia 19, um dia depois da Lua ter atingido o ponto da sua órbita mais afastado da Terra (o apogeu).

Pelas 16 horas de dia 21 a Terra atinge o ponto da sua órbita em que o polo norte terrestre tem o maior afastamento angular relativamente ao Sol. No nosso hemisfério chamamos a este instante de Solstício de inverno, calhando no dia mais curto do ano e em que o Sol se apresenta mais baixo no céu, sinalizando assim o início do inverno.

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Rui Veiga

Da primária ao secundário, nas escolas da Vila, da Ginástica no CDPA à Natação e ao Polo Aquático na piscina da Escola Náutica, muito aprendi nesta terra onde vivo. Hoje com formação em História de Arte e Desenho, abracei o desafio da Voz de Paço de Arcos, de ajudar a manter um jornalismo cívico, público, de contato próximo e comunitário.

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