Autor “made in Portugal”
O que é nacional é bom! Dizia-se de certa marca de produtos portugueses, aqui há umas décadas atrás, mas não deixa de ser uma afirmação igualmente adequada ao que hoje se comemora, o Dia do Autor Português.
Ele, o autor, seja na área da música, da literatura, da pintura, do teatro ou de qualquer outra forma de expressão artística, é e será sempre um activo de extremo valor para a divulgação cultural do seu país, dentro e fora das respectivas fronteiras. No caso português, embora o país seja pequeno em dimensão é-o, no entanto, grande em matéria de criativos, de pensadores, de artistas, em resumo, de autores que, com a sua visão e destreza artística, muito têm contribuído para o desenvolvimento da cultura portuguesa e do seu crescente reconhecimento fora de portas.
Não fosse a perseverança e dedicação dos autores às suas causas e razões de viver, e não seria com certeza à custa dos escassos apoios atribuídos pelo estado ao sector da cultura que esta iria sobreviver. E é pena que, ainda assim, consiga apenas e só isso, sobreviver. Sabendo-se, como se sabe, que a cultura é indissociável da identidade de cada povo, de cada país. Investir é preciso, não apenas apoiar. Pois se queremos um povo e, por consequência, um país, instruído, criador, com níveis de literacia elevados, com cada vez mais nomes a fazerem carreira e história nas artes, é imperial olhar a cultura como algo essencial e primordial para a identidade de Portugal no mundo.
Que o papel do autor, enquanto operador de mudança, está a ser cumprido, disso não restam dúvidas. Mas estarão os seus índices motivacionais em alta? Sentirá ele hoje, mais do que ontem, que aquilo que faz e produz serve de combustível à máquina cultural nacional?
Fica a reflexão, que também é necessária. Seja neste ou em qualquer outro dia. Pois valores há que necessitam de constantemente ser lembrados da sua inestimável importância no contexto global desta nossa valente e imortal nação.
Sim, de facto é tudo isso.
Um Abraço e bom trabalho.